terça-feira, 25 de maio de 2010

Gay sim, e daí?



Você sabia que existe uma área da Psicologia e Psicoterapia dirigida aos gays e bissexuais? Sim ela existe, e um de seus maiores especialistas é o brasileiro Klecius Borges. Formado em psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduado pela Universidade de São Paulo, vem participando, ao longo dos últimos 20 anos, de diferentes vivências, principalmente em gestalt terapia e terapia cognitiva comportamental.

Foi workscholar e participou de diversos workshops no Esalen Institute nos Estados Unidos. Cursou, como convidado do International Institute for Health Promotion, um semestre no programa de Health Fitness da American University in Washington D.C. É responsável pela coluna "Saindo do Armário" no site da G Magazine e responde dúvidas relacionadas ao tema no site clicfilhos.

Em uma entrevista exclusiva a Revista Psique (nº49), Kleucius Borges, fala de suas experiências como paciente e psicólogo, e explica como a Terapia Afirmativa e auxilia e apóia homossexuais a aceitarem seus desejos sexuais e viverem positivamente com esta condição.
O material com a entrevista pode ser baixado através do link abaixo, para os que se interessarem ainda podem me pedir a revista.

Link:



Boa leitura.


Rômulo Barreto
7º Período de Relações Públicas – Universidade Federal de Goiás

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Abuso Sexual Infantil

Anjos do Sol é um filme do diretor gaúcho Rudi Langemann que retrata a exploração sexual infantil, um tema polêmico, mas que não costuma frequentar as salas de cinemas. Baseado em fatos reais, o longa foi exibido no Festival Internacional de Miami , em março de 2006, e ganhou o prêmio do júri popular depois de disputar com 14 filmes.

Boa parte da trama se passa no sertão da Bahia. Logo nas primeiras cenas, Maria (Fernanda Carvalho, em sua estreia, com apenas 10 anos) é vendida a um “intermediário” (Chico Diaz) pelos próprios pais. Posteriormente, este intermediário revende a criança – juntos com outras – a Nazareth (Vera Holtz) especialista em leilões de menores virgens. Geralmente quem participava destes leilões eram políticos, fazendeiros e empresários.

A proposta do filme é colocar em discussão um grave problema social, mas que muitas vezes somos indiferentes. Várias cenas de Anjos do Sol são duras e chocam. As garotas são tratadas como mercadorias e transportadas em caminhões muito pior do que gado – são escondidas na carroceria e sem ventilação. Algumas garotas contraem HIV e outras são brutalmente assassinadas. A inocência das crianças é tirada sem piedade.

18 de maio é O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data escolhida em homenagem a Aracelli Cabrera Sanches, criança de apenas 8 anos que foi raptada, drogada, violentada e morta por jovens de classe média alta, em Vitória (BA), no ano de 1973. A menina foi encontrada com os mamilos e a vagina lacerados a dentadas. Depois do estupro, os jovens jogaram ácido sobre o corpo de Aracelli que ficou desfigurado.

Muitas vezes, nós, que vivemos no conforto de um bom lar, com oportunidade de estudar em uma boa universidade, não valorizamos o que temos e o que é pior, reclamamos. Filmes como Anjos do Sol nos fazem refletir como somos ruins – ou o pelo menos o quanto poderíamos melhorar – enquanto seres humanos, isto é, seres pensantes. Será que pensamos mesmo? Ou será que o problema é justamente este, pensamos demais e não conseguimos nos sensibilizar com as coisas ao nosso redor?

Na última semana, estive no Cevam (Centro de Valorização da Mulher) e encontrei várias crianças vítimas de abuso sexual. E a nossa realidade não é muito diferente da encontrada no nordeste brasileiro – como mostra Anjos do Sol. O problema aqui é tão grave quanto os encontrados nos sertões brasileiros. E com um agravante, a maior parte das crianças que estão no Cevam foram abusadas por pessoas bastante próximas como tios, amigos da família e em um dos casos o próprio padrasto. Os traumas nestas meninas são imensuráveis.

Com certeza, muitos dos que lerão, vão achar algumas das ideias bem radicais. Tudo bem, até podem ser. Mas, sinceramente, já pensou o que se passa na cabeça de uma criança vítima de abuso sexual? Se sim, o que já fez para ajudar alguma ? Se nunca pensou, não se preocupe! Isto não é uma cobrança, é apenas uma reflexão. Afinal, nada posso exigir, pois, sou igual à maioria, ainda não fiz minha parte. No entanto, nunca é tarde para começar, certo? Vamos começar agora, pois se deixarmos para amanhã... Conheço bem esta história!

Por Andrey S.Dutra

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nascidos fora da civilização ocidental... e em bordéis!


Falemos um pouco dos filhos da puta. Quando ouvimos alguém dizer a outro “seu filho da puta”, talvez não liguemos muito para o significado cultural que esse termo tem. Nós conhecemos a puta como a mulher da vida, a prostituta. No entanto, não devemos entender como a profissional que presta serviços sexuais, mas sim como “a outra”, a “não oficial”, aquela que está a margem do socialmente aceitável.
Partindo dessa idéia, torna-se mais fácil analisar o filme Nascidos em Bordéis (Born into Brothels: Calcutta's Red Light Kids), isso porque ele trata exatamente de crianças filhas de prostitutas do distrito da luz vermelha em Calcutá. Quando se assiste ao filme, a impressão que temos é a de estarmos assistindo a um documentário de alguma rede especializada de TV por assinatura. Aquelas crianças são verdadeiras pérolas, jogadas entre os porcos, que jamais terão seu brilho reconhecido a não ser que alguém surja e possa polir a dar a elas o brilho “verdadeiro”. E isso de fato ocorre, quando surge a fotógrafa inglesa Zana Briski em suas vidas.
A idéia de mostrar o mundo através dos olhos de crianças pobres é muito interessante. Isso nos evidencia que a fotografia parece ter mais a ver com sensibilidade do que necessariamente com técnica, e isso podemos ver nas belas imagens captadas pelas crianças. Até aqui o documentário é realizado com a mais nobre das intenções e comove a todos nós, seja pela persistência de Zana, seja pelo carisma que as crianças transmitem durante toda a película. No entanto, ao olharmos nas entrelinhas, percebemos todo um discurso e visão de mundo ocidental que permeia o documentário do começo ao fim.
Como tudo no mundo acadêmico, quando buscamos fazer ciência, escapando do senso comum, precisamos aprender a prestar mais atenção nas perguntas que algo nos incita do que nas respostas que recebemos. E ao olharmos o filme sobre essa perspectiva, começam a surgir várias duvidas que antes passaram despercebidas.
Quem são as mães dessas crianças? Por que elas nunca tem voz durante o filme? Quem são as pessoas em geral que vivem no distrito das luz vermelha? Qual a realidade social, econômica, e principalmente cultural que constrói essa realidade? São perguntas que aos poucos vão revelando o maior pecado cometido pelos documentaristas responsáveis pelo filme: uma visão etnocêntrica e reducionista sobre a complexidade da realidade do outro.
Em poucas palavras, podemos dizer que a intenção do filme é transformar o “outro”, tornar sua vida melhor, afinal conseguimos ver neles o potencial para quem sabe um dia ser, como eu posso dizer... serem como nós!
Durante todo o período de colonização da América, o que ocorreu foi exatamente isso, os europeus chegaram aqui e pensaram: “pobres nativos, são tão inferiores e incapazes. Mas nós podemos lapidá-los e quem sabe um dia eles sejam como nós”. E assim começou o encobrimento do outro, do não europeu. Isso ocorreu porque eles(os europeus) tinham um parâmetro muito bem definido do que era bom e do que era mal, em poucos palavras, um “pré-conceito” que guiava a maneira como olhavam para aqueles povos.
Da mesma maneira, percebemos isso no documentário. As pessoas a volta das crianças não tem voz porque não interessa o que elas pensam, já estão todas perdidas mesmo, viemos aqui foi para salvar esses pequenos, são eles quem merecem a nossa atenção. Podemos perceber como os autores do filme deixam transparecer toda uma visão ocidental de civilização, do que é certo e do que é errado, e principalmente de que são eles, os indivíduos civilizados, os portadores da “luz” que poderá iluminar o caminho desses indivíduos, tão castigados pelas contingências de sua própria história.
Segundo o historiador Josep Fontana, essa tendencia etnocentrica é uma herança profundamente enraizada que acabou sendo herdada por toda a civilização ocidental, influenciadas diretamente pela Europa Em suas próprias palavras: "a Europa é uma comunidade diversificada e mestiça, cuja história real ignoramos porque o relato que construímos para explicar seu desenvolvimento baseia-se na visão de uma série de espelhos deformantes, a partir dos quais nos definimos em contraste com imagens enganosas do outro". Essa tese é defendida pelo autor no livro A Europa Diante do Espelho.
Isso pode soar como exagero, como uma distorção do que é mostrado no filme, mas na verdade não é. Repare como os adultos só aparecem como indivíduos irresponsáveis, brutos e ignorantes, como se essa atitude já estivesse enraizada no seu comportamento, e isso nos faz perder o interesse em perceber todo o contexto em que o documentário é criado. O que percebemos é um recorte em torno das crianças, sob uma perspectiva quase que propagandística; elas se tornam “produtos”. Quem ao redor do mundo não sentiu vontade de criar um fundo (isso se não o fizeram de fato) para ajudar essas crianças? Se você tivesse dinheiro compraria as suas fotos para que elas fossem um dia para uma universidade? Não seria ótimo se algum dia elas pudessem comprar as mesmas coisas e ter acesso a todas as maravilhas do mundo globalizado em que vivemos? Provavelmente falta isso para que possamos vê-las mais próximas de nós, e não mais como “os outros”. É mais prazeroso olhar no espelho e ver o que nos é familiar do que olhar em uma janela e ver lá fora algo que nos desagrade.
Esse tipo de “filme da vida real” começou a se tornar um clichê no cinema dito estrangeiro. Sempre que se fala em um filme estrangeiro produzido em países emergentes, quase automaticamente nos vem a cabeça os retratos das mazelas de uma sociedade contraditória, que busca quem sabe um dia alcançar o patamar civilizado. Filmes como “Cidade de Deus” e “Quem Quer Ser um Milionário” são sinônimos no exterior de representações do que seria a “realidade” dos outros povos fora do contexto dos países mais ricos e desenvolvidos. Não que esses filmes deixem de ter todo o seu mérito(e nem o documentário de Zana Briski), eles apenas nos apontam como esses discursos etnocêntricos estão profundamente enraizados em nossa sociedade, e como tendemos a olhar outros povos e outras culturas como se fossem crianças, que precisam ainda aprender a dar os primeiros passos para quem sabe um dia, poderem andar como nós.
É isso que Zana faz, mesmo sem o perceber. Ela lança todo um olhar pré-determinado sobre uma realidade e cultura complexas, e talvez seja por isso que seu projeto não deu certo no final; ela ignora todo um mundo que existe em torno daquelas crianças. Assim o foi com os Europeus na América, com os Norte Americanos no Iraque, com os portugueses e os índios... Seriam aquelas crianças amáveis tão diferentes dos meninos marginais que tanto tememos e evitamos no dia a dia?
Eu termino essa postagem com mais uma pergunta: Será que aquelas crianças tinham algo mais pra nos dizer do que um desesperado pedido de socorro?


O espelho reflete certo; só não erra porque não pensa.
Fernando Pessoa




Andrei S. e Silva

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uns acham fofo, outros absurdo...

Cinco garotinhas de 8 e 9 anos participaram de um Concurso Mundial de Dança e apresentaram "Single Ladies", a música  mais que conhecida da Beyoncé. O vídeo teve milhares de acessos no Youtube e dividiu opiniões quanto a versão da dança apresentada pelas meninas.




Eu que vivo falando que "a maldade está na cabeça das pessoas", achei meio exagerada a coreografia e desnecessária aquela roupa. Mesmo assim, fiquei impressionada com o talento das garotinhas, não dá pra negar que elas são muuuuuuito boas. Mas será que vale tudo pra ganhar uma competição? Até que ponto essas meninas entendem o tom provocativo da música e da coreografia? Cadê a mãe dessas crianças?
(Ao mesmo tempo que faço esses questionamentos, lembro que eu dançava "É o tchan" com aquele micro shortinho da Carla Perez. Momento meu passado me condena.)

Outro exemplo (antigo) é o da menina brasileira que ficou conhecida como a mini Lady Gaga, a Laura Fontana. A menina dançou (se arrastou no chão) e cantou no programa do SBT "Qual é o seu talento?", mas foi muito aplaudida e aprovada pelos 4 jurados.


 Confiram os vídeos nos links e comentem!
http://www.youtube.com/watch?v=cqBMKE9Gdao

http://www.youtube.com/watch?v=NLtJYLFG7jw 

Susanna Vigário - Jornalismo - 5º período

domingo, 16 de maio de 2010

Como mudar de sexo - uma reportagem literária

Gente, não sei se podemos postar fora de hora, mas li uma reportagem bastante interessante na Revista Piauí do mês passado, e acho que vale à pena compartilhar com vocês.

Clara Becker, estagiária da revista, fez a matéria "Como mudar de sexo - A vida, as angústias e as cirurgias que transexuais fazem com o doutor Eloísio Alexsandro num hospital público do Rio de Janeiro".

Ela passou um tempo acompanhando o médico, um dos maiores especialistas do ramo no país, e seus pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto, e aborda o tema sob uma perspectiva diferenciada. Vale à pena a leitura.





Como mudar de sexo

A vida, as angústias e as cirugias que transexuais fazem com o doutor Eloísio Alexsandro num hospital público no Rio de Janeiro

Em uma manhã de fevereiro, um jovem estudante de letras de cabelos curtos, espinhas no rosto e vestido com roupas largas em estilo grunge, esperava ao lado da mãe a vez de ser atendido no ambulatório de urologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. M., como pediu para ser chamado, tem 22 anos, mas parece um adolescente. Seu jeito frágil e sereno contrastava com o da mulher, que parecia ansiosa e desconfortável por estar ali. Ao chegar, o médico Eloísio Alexsandro, chefe do ambulatório, sugeriu que conversassem em separado e pediu que ela entrasse primeiro no seu consultório.

Depois de algumas perguntas, a mãe lhe disse, com os olhos marejados: "Eu já li tudo na internet, doutor. Ela não é assim. Ela é virgem. Como alguém que nunca transou com homem nem com mulher pode saber se é transexual?" M., que nasceu e foi criada como menina, passava pelo primeiro estágio de um longo tratamento destinado a transexuais que, na maioria dos casos, acaba em uma cirurgia de mudança de sexo.

Um mês antes, M. tomara a primeira dose de testosterona, o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características masculinas. Teve um surto de acnes no rosto e pelos grossos lhe brotaram nas pernas. A transformação definitiva apavorava a mãe. "Pelo que eu sei, transexuais jogam com os brinquedos do sexo oposto, e ela nunca fez isso", disse a senhora. "Como vocês abraçam a causa assim, doutor?"

Com um tom de voz seguro, o médico lhe disse que o processo de mudança de sexo era lento e progressivo. Assegurou que a maior parte das modificações hormonais era reversível. E disse que a cirurgia para mudar o aparelho genital - a parte do processo que mais assusta os familiares - ocorreria no final do tratamento, e só depois do aval de um psicólogo e um psiquiatra.

A mulher ainda parecia transtornada. O médico lhe disse que aceitar a "condição" de seu rebento seria uma prova de amor. "Eu tento, doutor, mas não consigo chamá-la pelo nome masculino", respondeu.

A longa jornada de M. incluirá uma série de injeções de testosterona, que farão com que a voz engrosse, a barba cresça e a sua agressividade aumente. A menstruação cessará e as mamas, que hoje são esmagadas por faixas apertadas, serão extirpadas cirurgicamente. Outra operação plástica dará um contorno mais masculino ao peitoral, delimitando o tórax. Se M. quiser, também poderá fazer uma histerectomia e terá seu útero, ovários e trompas removidos.

Ele terá duas alternativas quanto ao órgão sexual. Se responder bem à testosterona, seu clitóris poderá ter triplicado de tamanho e, eventualmente, funcionará como uma espécie de micropênis. Daí, bastará costurar os grandes lábios para formar um escroto na sua base.

A outra hipótese é uma neofaloplastia, procedimento cirúrgico no qual um pênis é construído a partir de um tecido sensível retirado do próprio corpo, como o antebraço. Ainda assim, não há garantia de que a aparência e o funcionamento do novo órgão serão razoáveis. Como o procedimento é experimental, o paciente precisa concordar com o risco.

Na sala de Eloísio Alexsandro no Hospital Pedro Ernesto, em meio a tubos de ensaio, jalecos, pilhas de livros e computadores, um quadro na parede chama a atenção. É uma reprodução de A Mulher Barbuda, tela pintada em 1631 pelo espanhol José de Ribera, que fez carreira na Itália. Ela mostra uma mulher de feições severas, nariz largo, olhos escuros e barba negra à Rasputin, amamentando uma criança. Ao seu lado, está o marido, também barbado. A senhora barbuda seria Magdalena Ventura de los Abruzos, a quem o duque de Alcalá, vice-rei de Nápoles, teria encarregado Ribera de pintar o retrato. "Desconfio que ela tivesse um tumor benigno na glândula adrenal", disse Alexsandro, comentando a aparência masculinizada da figura.

O médico gasta tempo e dinheiro estudando história da arte médica, a disciplina que procura detectar patologias em pinturas e esculturas. Entre os iniciados no assunto, é praticamente consenso que a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, sofria de arteriosclerose. Alexsandro discorda: "É um diagnóstico leviano."

**O restante da reportagem está no link http://www.revistapiaui.com.br/edicao_43/artigo_1291/Como_mudar_de_sexo.aspx
Não acho muito legal copiar toda a matéria...

Créditos - Revista Piauí/Clara Becker


(Taynara Borges)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Glee - Os losers ganham voz


Glee é uma premiada série de televisão estadunidense do gênero comédia/musical, produzida pela FOX. A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester, em reerguer o coral da escola William McKinley em Lima, Ohio, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho. No entanto, a escola não tem recursos para sustentar o coral, que a princípio só atrai os alunos pouco populares e estigmatizados. Assim, eles precisam chegar à final do campeonato regional de corais para garantir a verba para continuar funcionando. No meio disso, a professora Sue Sylvester, que treina o time de líderes de torcida da escola, está disposta a tudo para atrapalhar o sucesso do coral, já que ele pode resultar em menos prestígio e dinheiro para seu time de líderes de torcida.
Girando em torno desta trama, cada episódio aborda temas realcionados à realidade de pré-adolescentes e adolescentes, tais como sexualidade, aceitação, problemas familiares, gravidez, amadurecimento.
O episódio apresentado em sala gira em torno da personagem Mercedes, uma típica cantora que sonha em virar uma diva. Negra e fora do peso, a aluna sofre perseguição da treinadora Sue a respeito de seu peso, que exige que esta perca em poucos dias 5 kg, caso contrário seria cortada da apresentação de coral. Até então Mercedes nunca havia sentido nenhum desconforto a respeito do seu corpo, sempre se aceitou assim e reconheceu suas qualidades, mas para não perder a vaga no coral, Mercedes aceita o desafio e se depara com a dificuldade que é emagracer, já não conseguindo se aceitar como é.
Esta é uma realidade que atinge jovens do mundo todo, seja com mais ou menos itensidade. Apesar do formato de escola americana, líderes de torcida, coral, muitos adolescentes brasileiros se identificam com os problemas cotidianos apresentados, e assim, constroem uma rede de milhões de pessoas espalhadas no mundo fãs desta série.
Assim como abordado em sala de aula, o tema da obesidade e do preconceito da sociedade acerca das pessoas fora do padrão de beleza imposto, atinge as pessoas desde pequenas, antes mesmo que este se sinta influenciado pela mídia. Muitas pessoas mesmo em contato com todos os meios midiáticos e toda a idealização de corpo perfeito, ainda sim se sentem satisfeitas consigo mesma, porém vem a pressão social tratando esta despadronização como “deficiência”.
A jovem Mercedes conseguiu passar por cima desta perseguição e captar seguidores pela causa de aceitação, porém, nem toda história termina assim. Como um próprio cartaz da série, onde diz que “Os losers ganham voz”, as pessoas que passam por determinadas situações na vida, possuem determinados comportamentos, se não enquadrados ao padrão estereotipado, são considerados losers, ou seja, a pessoa muito gorda, a muito magra, a homossexual, a grávida, a com problemas familiares, enfim, todas que não possuem o perfil idealizado, como apresentado na trama, são considerados perdedores, sendo assim, a série que lida com os defeitos das pessoas e problemas da adolescência por si só já age com preconceito.
Com esta idéia, pode-se ver que na vida real os jovens não agem como Mercedes, e sim como as líderes de torcida, buscando formas agressivas de emagrecimento, formas de se esconder da sociedade, de não aceitar sua condição social, sexual, intelectual e física.
Falamos de jovens mas não ignoramos a outra parcela da população que sofre esta pressão, o fato é que assim como mostra a série, é a partir deste convívio, ainda jovem que as pessoas enxergam a maldade do ser humano e a pressão social acerca de suas diferenças, tratadas como defeitos, e assim, seguem por caminhos agressivos e difíceis, dispostos a uma busca incansável de um perfil que jamás existirá.
Para encerrar, deixo o link de um comercial da marca Dove que aborda a pressão de um estereótipo de beleza que a mídia faz nas pessoas, pressão esta que afeta as pessoas desde criança. Muita gente já deve ter visto ele, mas vale à pena refletir!!!


Laura Rincon – 7º período de Publicidade e Propaganda

sábado, 8 de maio de 2010

Anorexia - Obsessão pela magreza


  A palavra anorexia origina-se do grego e significa sem apetite. O transtorno foi identificada como patologia clinica em 1868, por Gull e Lasígue, apesar de ter sido descrita em 1694 por Richard Morton, que relatava um emagrecimento auto-induzido em decorrência de um medo mórbido de ganhar peso. Mais é principalmente nas ultimas duas décadas (1990-2010) que a anorexia tem tomado grande espaço no meio de adolescentes, jovens e adultas.
Anorexia é mais um, se não o principal, dos disturbios alimentares que assolam nossa sociedade pós-moderna, sendo as mulheres as principais "vítimas". Muitas vezes a busca desenfreada pela magreza leva as pessoas por um caminho com muitas dores e sem volta, pois  as consequências de um disturbio como esse é praticamente irreverssível.

 Cada vez mais se é imposto um padrão de beleza e magreza, tanto no mundo da moda, quanto na sociedade de uma forma geral, sem levar em consideração as possíveis consequências que isso pode gerar. Mas afinal, quais são de fatos as verdadeiras motivações dessas pessoas? Muitas vezes garotas iniciam dietas malucas com o objetivo de possuir um corpo como o da Gisele, e se não for assim não serve, mas não levam em consederação o biotipo da pessoa, e querem a qualquer custo ter um corpo magro e sequinho. Muitas tratam a fome como uma forma de se punir por não terem conseguido alcançar um objetivo ou um sonho, jogam sobre o corpo inúmeras decepções e frustrações. Outras teem o corpo como único objeto de domínio " a única coisa que eu ainda consigo dominar é o meu corpo, com ele posso fazer o que eu quizer". Outras acham na doença a  única forma de chamar atenção dos pais, amigos e demais pessoas que á cercam. E a busca não para, pois, por mais magras que elas estejam, ainda se acham gordas.

E é nessa condição que muitas jovens tem morrido todos os anos. Em uma busca frenética pela magreza, acabam perdendo muito mais que peso. Dependendo do caso a jovem pode perder até a capacidade de ser mãe, isso quando não perdem a propria vida. O tratamento é longo e as vezes até permanente, sendo que sempre tem a possibilidade de uma recaída.

Cabe aqui um questionamento. Que de fato são os culpados? Será os pais que muitas vezes, não possuem tempo para dedicarem á seus filhos? Será a sociedade que sempre impõe padrões tão exclusivos? Talvez o maior inimigo das pessoas que tem anorexia sejam elas mesmas.

Talvez, muitos de nós queremos ter um corpo legal, mais qual é o limite nessa busca? O que é de fato ter um corpo legal? Quando é hora de parar?

Danielly Lopes - Graduanda de Geografia.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Obesidade, além de uma questão de saúde...

"em uma sociedade obcecada com a magreza, em que se acredita firmemente que os gordos são culpados por seu tamanho, ainda é politicamente correto estigmatizá-los e ridicularizá-los. A discriminação contra os gordos é uma das últimas a ainda serem aceitas". 


Site da Naafa (Associação Nacional para o Avanço da Aceitação dos Gordos, na sigla em inglês)

O impacto da obesidade na saúde já é conhecido e discutido pela mídia há tempos, porém uma questão que geralmente não é questionada nos meios de massa é o preconceito com os mesmos, o quão os obesos sofrem para conseguir um trabalho, para comprar uma passagem de avião ou para se encaixar em algum grupo social.

Grupos Sociais como o Naafa vem lutado para acabar com o preconceito sofrido pelos gordos que são ridicularizados todos os dias, e este preconceito, apesar de ser no exterior, pode ser percebido na cultura do Brasil da mesma forma (ou pior). Todas as terças no canal aberto mais visto do Brasil, o Caceta e Planeta da Rede Globo, tem um gordo ou gorda sendo ridicularizado. 


Na escola tem um obeso que sofre, no trabalho (se ele conseguiu um), num bar, enfim, onde há pessoas que são bombardeadas pela perfeição ditada pela mídia todos os dias, haverá preconceito.


Acredito que antes de trabalhar a questão do preconceito contra gordos mais a fundo, uma primeira reflexão é necessária. Por que achamos um obeso feio? Por que não namoramos um gordo? Por que tal pessoa é gorda? Isso é engraçado realmente? Ou é um ser humano sujeito a traumas como eu e você?


Como ela se sente?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Cleycianne

Olá queridas e queridos estudantes. Para quem não conhece recomendo. Cleycianne é uma personagem fictícia que traz um "olhar" cristão sobre o mundo pop. uma postagem de hoje remete ao assunto que trataremos em nossa própria aula, por isso achei válido reproduzir aqui em nosso espaço.

"O testemunho":


Malhando com Cleycianne: amarre de vez o encosto da flacidez





Essa é para você mulher ungida que quer complementar sua Dieta Em Cristocom uma série de exercícios para deixar seu corpo durinho e mais abençoado ainda!! Malhando com Cleycianne é para você que é de bem e não coloca roupa de mulher a toa para ir na academia mostrar os órgãos sexuais para os homens!!

A série de exercícios elaboradas por mim, Cleycianne, além de beneficiar o seu corpo e te livrar do encosto da flacidez vai malhar também o seu interior e te aproximar muito mais de Deus e do papel real de uma mulher de bem!! O melhor de tudo é que você nem  precisa sair de casa para isso!! Então, pegue seus utensílios domésticos e vamos começar a malhação!!


Braços:
Para deixar seus braços bem firmes, nada melhor do que um ungido tanque cheio de roupas para lavar!! Ao invés de usar máquinas, lave tudo na mão mesmo!! Esfregue as roupas sempre aumentando a intensidade, enquanto fizer isso ore e clame pelo Sangue de Jesus!! Braços fortes, definidos e alma purificada!!

Pernas:
Se você mora em um sobrado, faça o seguinte: quando for passar roupa deixe a tauba de passar num andar e as roupas em outro, então você subirá e descerá as escadas o tempo todo!! Suas pernas ficarão durinhas como as minhas!! E enquanto faz isso, nada como cantar louvores da ungida cantora Cassiane!  Se você por acaso não mora em um sobrado, compre um caixote e enquanto bate um bolo na mão suba e desça dele, sempre cantando um lindo louvor!! Ficarás mais próxima de Deus e das pernas perfeitas!! 

Bumbum:
Pra que ter bumbum bonito? Para os escarniçadores ficarem olhando? Esqueça isso, faça um jejum e ore para que Deus tire esse pensamento de mulher meretriz de sua cabeça!! Amarrado 3x!!

Peito:
O exercício para peito não é para deixar você com os seios grandes, mas sim robusta!! Não como uma lésbica masculina, mas sim forte como uma mulher de bem que pode ajudar o marido a carregar tijólos e caixas pesadas!! Pegue sua vassoura, amarre de cada lado um saco de feijão (pode começar com 1 kg e ir aumentando conforme a evolução) e deite em sua cama com o cabo na altura de seu peito. Ai é só levantar e abaixar até você ficar cansada!! Enquanto faz esse exercício, ore em voz alta para que Satanás não te impeça de ficar em forma! 

Costas:
Esse é o mais fácil e mais gostoso!! Você pode exercitar suas costas varrendo sua casa ou mesmo passando um pano no chão, sempre mudando a vassoura ou rodo de lado para trabalhar tudo com igualdade!! Enquanto faz isso pense no seu Varão de Deus e em como ele vai ficar feliz quando chegar e ver tudo limpinho e abençoado!! Glória, 3x Glória!!


Espero que vocês tenham gostado de minha série de exercícios!! Além de exercitarmos nosso corpo, exercitamos nossa submissão ao nosso Varão de Deus cumprindo as obrigações de uma verdadeira mulher ungida!! Complementem os exercícios com a Dieta em Cristo e dêem um chega para lá nos encostos da obesidade e da flacidez!! Ficar linda e ungida ficou fica muito mais fácil com as gêniais dicas de  Cleycianne!!  Deus é Mas!!

No lar. "As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor.... Como, porém, a Igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido" (Efésios 5:22,24).
www.cleycianne.com

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pink Flamingos

Assisti ao filme ‘Pink Flamingos’ e é sobre ele que venho postar. O primeiro longa metragem de John Waters conta a história de uma drag-queen, Divine, que possui o título de ‘pessoa mais podre do mundo’ juntamente com sua estranha família, posto esse que é bastante invejado. Pink Flamingos foi lançado em 1972 onde alcançou notável sucesso e tornou-se ícone do cinema bizarro contrariando tudo que estrelava nas telas do cinema naquela época. Formado por cenas fortes e até mesmo nojentas, o filme se tornou ícone da contra-cultura com um público, em sua maioria jovem e universitário, que considerava uma quebra de tabus abordar tão diretamente temas e cenas como drogas, sexo com animais, nudez frontal, dentre tantos outros.


Segundo as críticas, a fotografia, iluminação e edição são ainda muito rudimentar deixando a desejar muitas das vezes, não só pelo pouco recurso da época mas também pelo pouco recurso financeiro para a produção, mas já a trilha sonora faz juz ao apelido de contra-cultura com músicas de bandas ‘obscuras dos anos sessenta’.
Segundo o próprio autor, Waters, “Pink Flamingos é todo sobre maconha. Eu estava chapado quando escrevi o roteiro, os atores estavam chapados quando concordaram em participar, e basicamente todos os envolvidos com a produção do filme estavam chapados durante as filmagens.” Declaração que condiz com a conduta do diretor, que desde muito novo demonstrou fascínio e atração pelo bizarro, pela violência, e sobretudo pelos vilões. Não sendo considerado um garoto normal perante seus familiares.


       John Waters

Se você é fã de cinema underground americano, acredito que já assistiu a este clássico, mas se vocês não estão acostumados a este tipo de filme aconselho que mesmo assim assistam, pois com certeza ele vai além de tudo que nos é passado nas telas de cinemas desta década. E isso é ruim? Acredito, sinceramente, que não. 

Por Ludmilla Abdalla

Idosa namora neto biológico e será mãe aos 72 anos, diz revista

Pearl Carter, de 72 anos, está enfrentando muitos olhares tortos nos Estados Unidos desde que assumiu o namoro com seu neto biológico, Phil Baile, de 26 anos. Como se não bastasse, o polêmico casal ainda terá um filho concebido com a ajuda de uma barriga de aluguel. A história foi publicada pela revista neozelandesa "New Idea".
Segundo a publicação, a americana do estado de Indiana nunca escondeu seu amor pelo neto, desde que o conheceu quando tinha 46 anos.

Phil é filho de Lynette Bailey, que foi deixada para adoção quando Pearl tinha apenas 18 anos. Quando a idosa soube da morte da filha, ela foi atrás de seu neto, com quem começou uma estranha relação.
"Não estou interessada no que as pessoas pensam. Estou apaixonada pelo Phil e ele por mim. Em breve, abraçaremos nosso filho e tenho certeza que Phil será um excelente pai", contou Pearl Carter à revista "New Idea".
O casal gastará US$ 54 mil em uma inseminação artificial e contará com a ajuda de uma barriga de aluguel. Pearl contou ainda que tem uma vida sexual bem ativa com o neto.
"Amo Pearl. Sempre fui atraído por mulheres mais velhas e a acho maravilhosa", disse o jovem de 26 anos.
 (Outra noticia do G1 que eu considero interessante para discussão. Se somos donos do nosso corpo, podemos mesmo fazer qualquer coisa com ele, até em casos como o desse casal que é formado por neto e avó?)
Angélica Queiroz, 7º período, jornalismo

Musculosa, americana de 73 anos é a vovó mais forte do mundo


Aos 73 anos, a americana Ernestine Shepherd exibe músculos desenvolvidos e aparece no Guinness, livro dos recordes, como a fisiculturista mais velha do mundo.Ela faz musculação (ergue até 70 quilos) diariamente e chega a correr 130 quilômetros por semana, segundo a emissora de TV “ABC News”. "Me sinto melhor do que quando tinha 40 anos”, disse.
Ernestine até se ofereceu para treinar a primeira-dama dos EUA, Michele Obama. "Eu tenho tentado chegar até ela, mas é muito difícil", afirmou a mulher, que mantém uma dieta com 1.700 calorias por dia, que inclui claras de ovos cozidos, frango e legumes.




(Vi essa notícia no G1 e achei interessante postar aqui por causa da discussão que tivemos na aula de ontem )

Angélica Queiroz, 7º período, jornalismo

domingo, 2 de maio de 2010

Carnaval e consumo



"No princípio dos tempos, o Carnaval simbolizava o poder de Deus e dos Humanos sobre o Diabo. É daqui que a ideia dos disfarces vem. Este feriado era apenas um feriado religioso para divertimento das pessoas. No entanto, hoje em dia, gastam-se milhares e perdemos todo o espírito Carnavalesco", disse Luís Miguel Côrte-Real na Conferência Anual da Economia das Nações Unidas.

Além da idéia de Luís Miguel sobre gastos com fantasias ou máscaras, nessa época também é notório o aumento da exploração desenfreada do corpo “malhado” e do consumo de álcool e drogas.

A preocupação em trabalhar o corpo para que ele fique “bom” para o verão é vinculada ao cuidado para apresentá-lo “em forma” durante o Carnaval. Principalmente, nessa época em que os desfiles de mulheres quase nuas no Rio de Janeiro e em São Paulo são marcas dessa festa no Brasil. Nesse sentido, podemos destacar ainda a Globeleza, que desde os anos 90, exibe, até mesmo em horário nobre, um corpo nu na emissora de TV aberta de maior audiência do Brasil.

Sempre quando se aproxima o Carnaval muitas marcas de cerveja exibem comerciais relacionando o consumo de seu produto à festa. Como em todo comercial desse tipo, sempre há clima de festa. Parece que a mensagem transmitida é que a diversão está vinculada ao consumo de álcool. Assim, aumenta o consumo exagerado da bebida, que acarreta vários danos, principalmente quando misturada à direção.

No Carnaval há ainda um aumento na oferta de drogas ilícitas. “O LSD e o ecstasy são drogas que não são usadas no dia-a-dia, são usadas para um fim específico, principalmente para festas ou algo que requeira muita energia”, afirma o Coordenador de Repressão de Entorpecente da PF, Paulo Tarso. Na época do Carnaval é possível comprar essas drogas pela Internet, como nesse anúncio encontrado em um site: “VENDO ECSTASY E LSD - PROMOÇÃO CARNAVAL 2010 !!!".

Essa alta exposição do corpo, aliada ao consumo de drogas e bebidas alcoólicas, apresenta um sexo mais fácil, que aumenta a possibilidade de uma gravidez indesejada ou a transmissão de DSTs. Por isso, todos os anos são exibidos comerciais feitos pelo Ministério da Saúde que incentivam o uso da camisinha.

Todo esse texto foi construído com base em notícias encontradas na Internet. Mas será que o Carnaval  no Brasil é mesmo assim?

Postado por Heloane Grecco